Muitas vezes, o endividamento é causado pela falta de planejamento. Se esse é o seu caso, o primeiro passo para retomar o controle das finanças familiares é reconhecer a existência das dívidas e buscar formas de negociá-las.

Por que negociar dívidas?

Como alguém que está doente e se recusa a ser medicado por não aceitar a doença, o devedor que compreende ter um problema com dinheiro está muito mais perto de sair do sufoco do que aquele que vê na falta de recursos algo natural. Consciente de que deve, a etapa seguinte é negociar para que o seu pagamento se enquadre à realidade orçamentária da família.

É isso que ensina Alfredo Meneghetti, especialista em finanças e professor da faculdade de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). “Deve-se, em primeiro lugar, reconhecer a dívida. Em segundo lugar, é preciso fazer contato com os credores para tentar negociar”, afirma.

Organização financeira é o melhor caminho para quitar dívidas.

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Quando possível, antecipe o pagamento

Havendo dinheiro em caixa (com a entrada do 13º salário ou de alguma bonificação, por exemplo), a primeira tentativa deve ser o abatimento da dívida em caso de pagamento à vista. Se isso não for possível, a conversa tem de seguir o rumo do parcelamento estendido.

Se a dívida já avançou sobre outros gastos, é o caso de renegociar para alongar o prazo, buscando colocá-la dentro do orçamento da família”, explica Evaldo Alves, professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EESP-FGV).

Paralelamente a isso, o devedor deve repensar sua rotina de consumo. Conforme orienta Emerson Fabris, administrador, palestrante e consultor, especialista em gestão de finanças familiares, além de negociar dívida, será necessário planejar cortes de gastos e focar também no aumento da renda, seja fazendo bicos ou trocando de emprego.

A matemática é simples: se faz necessário buscar alternativas para que o dinheiro que entra no caixa, no mínimo, se iguale ao que sai.

Justiça pode auxiliar se conversa falhar

O contribuinte tem a opção de procurar ajuda na Justiça se a situação beirar o desespero e o credor não der abertura para negociar dívida. “Não conseguindo conversar, não obtendo prazos maiores ou redução de taxas de juros, não conseguindo uma adequação ao seu orçamento, o cidadão deve procurar o Fórum, mas ainda na esfera pré-processual. Agora, se mesmo assim não for possível a conciliação, aí ele deve buscar seus direitos na esfera judicial mesmo”, defende Meneghetti.

Passo a passo para negociar dívida

  1. Reconhecer que deve (em caso de orçamento coletivo, de uma família, todos os envolvidos devem conversar sobre as finanças da casa).
  2. Pagar toda ou ao menos abater parte da dívida quando entrarem recursos como o 13º salário ou algum bônus.
  3. Não havendo dinheiro para quitar a dívida, conversar com o credor para tentar a redução do valor das parcelas, com o alongamento do prazo de pagamento.
  4. Se o credor se negar a negociar dívida, buscar a conciliação pela via judicial.
  5. Se nem assim houver acordo, ingressar com ação judicial.
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Equipe editorial do Blog Finanças Pessoais.

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